sexta-feira, 20 de maio de 2011

O AMOR É LINDO

SHE
ELVIS COSTELLO  





She 

May be the face I can't forget 

The trace of pleasure or regret 

May be my treasure or the price I have to pay 
She 
May be the song that summer sings 
May be the chill that autumn brings 
May be a hundred different things 
Within the measure of a day



She 

May be the beauty or the beast 

May be the famine or the feast 

May turn each day into a heaven or a hell 
She may be the mirror of my dreams 
The smile reflected in a stream 
She may not be what she may seem 
Inside her shell 



She 

Who always seems so happy in a crowd 

Whose eyes can be so private and so proud 

No one's allowed to see them when they cry 
She 
May be the love that cannot hope to last 
May come to me from shadows of the past 
That I'll remember till the day I die 



She 

May be the reason I survive 

The why and wherefore I'm alive 

The one I'll care for through the rough in ready years 
Me 
I'll take her laughter and her tears 
And make them all my souvenirs 
For where she goes I've got to be 
The meaning of my life is 



She

She, oh she

12 de JUNHO - DIA DOS NAMORADOS ESTÁ CHEGANDO

Soneto da Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

terça-feira, 17 de maio de 2011

SOBRE A GELATINA

Saiba como esse pozinho pode ajudar o seu organismo


Ela ganhou a fama de ser o alimento número 1 quando o assunto é dieta.

Saborosa, refrescante, hipocalórica, que ajuda a combater aquela vontade aguda por doces e guloseimas e ainda, de baixo custo e fácil preparação.
Sim, a gelatina é tudo isso. Mas se engana quem pensa que ela deve estar inserida apenas no cardápio das pessoas preocupadas com os ponteiros da balança.

Na verdade, os benefícios dessa delícia são bem maiores do que possam imaginar. Duvidam?

Pois então vamos desmistificar o que há por trás daquele simples pozinho. 

A gelatina é composta praticamente de aminoácidos (proteínas), que ajudam na síntese e na renovação do colágeno.

Dos indispensáveis para o organismo, dez precisam ser adquiridos através da alimentação porque o nosso metabolismo não consegue sintetizá-los.

Para ter uma idéia da importância da gelatina, ela possui nove tipos deles, faltando apenas o triptofano (precursor da serotonina), o neurotransmissor que nos deixa feliz. 

Se consumida regularmente, ela auxilia na redução dos níveis de colesterol no sangue, triglicérides e controla a glicemia.
Por ser rica em proteína, ela fortalece os ossos e previne o organismo de doenças como a osteoporose.
Ela promove também uma maior resistência física aos desportistas.

E mais: colabora para a manutenção da juventude, deixando cabelo, unhas e pele mais bonitos.
Ainda não está convencido do poder da gelatina? Então dá uma olhadinha nos detalhes abaixo. 

Por que ela faz bem?

Por ser principal fonte de colágeno substância que tem como função impedir a deformação dos tecidos que fazem parte da estrutura de ossos, pele, cartilagens e tendões , a gelatina tem um papel importante na prevenção e no tratamento de doenças, como artrose e osteoporose.

Também é bastante utilizada na recuperação de pessoas submetidas a procedimentos cirúrgicos, pois é um excelente agente cicatrizante.

O ideal é ingerir dois potes por dia ou bater no liquidificador uma colher de sopa de gelatina em pó com um pote de iogurte. Pronto, sua manutenção de colágeno está garantida! 

Composição:

A matéria-prima da gelatina é o colágeno, geralmente extraído da pele, tendões, ossos e cartilagens dos mamíferos.
Embora os seres humanos sejam mamíferos, não se obtêm colágenos deles.
Ideal nas dietas: Um dos benefícios dessa delícia é que ela é isenta de gordura.

Das variadas marcas disponíveis no mercado, cada 100g fornecem 380 kcal, estas vindas praticamente dos carboidratos.
A mesma quantidade, mas na versão diet , além de ser isenta de carboidratos, fornece aproximadamente 7 kcal, obtidas exclusivamente das proteínas.
A diet é isenta de carboidratos.
Por isso, se você está de regime opte sempre pela versão sem açúcar.

No entanto, é interessante variar os sabores para não enjoar.
Outra vantagem dessa delícia é que ela retarda o esvaziamento do
estômago, deixando a pessoa saciada e hidratada por mais tempo.
E ainda: dificulta a absorção dos carboidratos e das gorduras pelo estômago e pelos intestinos. 
Pele mais firme

Você já deve ter ouvido falar que, quando envelhecemos ou emagrecemos, nossa pele vai perdendo elasticidade e firmeza.
Isso acontece por conta do enfraquecimento gradativo do colágeno, que exerce essa função estrutural de sustentação e preenchimento da pele.
Com uma dieta rica em proteínas (lembre-se, gelatina é proteínas), atividade física e pouca exposição solar é possível melhorar a saúde, como fortalecer unhas, ter um cabelo brilhante e a pele mais saudável.
No entanto, é importante salientar: não existem milagres na área da saúde!
Ou seja, não basta consumir grande quantidade de gelatina diariamente sem mudar o estilo de vida precário.
Portanto, não esperem pelo milagre da gelatina que não vai funcionar. 

Na mesa 
Por apresentar facilidade em ser convertida para a forma sólida e líquida por meio do aquecimento, ela torna-se um produto ideal para fazer ou acompanhar sobremesas como gomas, caramelos, iogurtes, mousses, tortas, bolos e sorvetes.

Além de ganhar na praticidade em prepará-la, a gelatina pode dar um charme todo especial ao doce por ser colorida e se adaptar facilmente a qualquer formato.
Isso, claro, sem contar de todos os benefícios à sua saúde já citados anteriormente.
Um dos benefícios dessa delícia é que ela é isenta de gordura
Em cápsulas
Hoje já é possível encontrar, em farmácias especializadas, as gelatinas em cápsulas.
Elas apresentam os mesmos benefícios da gelatina em pó, porém, as versões em cápsulas são mais eficientes para a formação de colágeno por serem pura e sem adição de corantes.
Quanto à absorção, as do tipo em pó são absorvidas em maior velocidade.
A desvantagem da encapsulada é que para se obter 10g (dose mínima diária) é necessária a ingestão de 20 cápsulas, enquanto na versão em pó, a mesma quantidade é obtida em apenas uma colher de sobremesa.
Sempre as utilize com a indicação de um profissional de saúde capacitado, pois a dose pode variar de acordo com a necessidade de cada organismo. 

Não existe contra-indicação para o consumo da gelatina, mas os diabéticos devem ter atenção especial para não consumirem as versões não diet .


Já para os alérgicos a determinados componentes, o ideal é sempre consultar um especialista antes de consumi-la.
O mesmo é recomendado para as pessoas que sofrem de insuficiência renal, para evitar sobrecargas renais. 

Garantir a saúde e a beleza do nosso corpo é uma tarefa que requer mais do que o consumo a determinados alimentos.

É, sobretudo, a combinação de práticas saudáveis adotadas no nosso dia-a-dia, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, uso de protetor solar e hidratante e evitar hábitos prejudiciais à saúde como consumir cigarros, drogas e bebidas alcoólicas.
Devemos sempre partir da premissa de que só quem ama é que cuida de verdade. Portanto, ame-se e seja feliz! 

Revista Minha Vida -Publicado em 7/11/2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de Maio - ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

escravidão
Escravos trabalhando em Engenho de açúcar (Debret)


Navio Negreiro


'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta. 
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro... 
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... 
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas... 
Donde vem? onde vai?  Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço. 
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade! 
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa! 
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos! 
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
.......................................................... 
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa! 
Albatroz!  Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz!  Albatroz! dá-me estas asas.
 
II
    
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após. 
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão! 
O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir! 
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
 
III
 
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
 
IV
  
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar... 
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs! 
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais... 
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri! 
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..." 
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
          Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
          E ri-se Satanás!...
 
V
 
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! 
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são?   Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!... 
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . . 
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael. 
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!... 
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer. 
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar... 
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!... 
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
 
VI
    
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio.  Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ... 
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!... 
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!


princesa Isabel
A princesa Isabel assinou a Lei Áurea em 13 de Maio de 1888